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segunda-feira, 11 de abril de 2011

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Senti saudade.
Saudade das manhãs insanas que passava ao lado de vocês.
Saudade dos abraços verdadeiros, das palavras amigas e até das colas durante a prova.
Senti saudade dos suspiros e das risadas, dos intervalos com todos reunidos.
Senti saudade das tristezas e das muitas gargalhadas.
Senti saudade do teatro, do casamento caipira e até das apresentações de trabalhos.
Sinto saudade de cada imperfeição que tinhamos, de cada xingão que levamos.
Nós fomos unidos, e acredito que ainda somos, de uma maneira diferente, mas somos. E é nessas horas que você percebe que tem coração igual de mãe, porque cabem todos vocês aqui dentro. Quem saiba esse seja somente um desencontro, para que futuramente nosso encontro seja mais doce, com o gosto especial que a saudade nos deixa.
Não é assim tão complicado entender, foi o melhor ano de escola que eu tive, aquele que não tem como dizer que não valeu a pena, aproveitamos ao máximo, fizemos e desfizemos as traquinagens mais absurdas.
Mas sabe o que mais me da saudade, nossa incontestável e incomparável união.
Eu amo cada pedacinho de vocês e tenho cada um de vocês junto a mim, dentro do meu coração.

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E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim descolorirá (aquarela - toquinho)
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sábado, 2 de abril de 2011

acordando.


Ficou nas entrelinhas das frases mal ditas, dos textos inacabados.
Ficou perdido pelo espaço, no meio das constelações, desceu pelo ralo do buraco negro.
Ficou na memória, no lugar mais lindo e mais quente dela, num lugar reservado a ti.
Ficou no jardim junto as flores, junto a grama.
Ficou perdido, por ai.. vagando sem destino.
Ficou sem saída, sem sentido.
Ficou sem ela, e sem ele.
Ficou sem razão.
Ficou sem, ficou só.


Buscou e nada encontrou, vasculhou um pouco mais e ao abrir a caixa exclamou: -Ah! Ai está você. Pegou-o delicadamente com os dedos e colocou no colo, como se ninasse uma criança. Não fazia sentido, ela sabia. Mas a última coisa que seu coração precisava era de lucidez, já havia vivido demais sem sentir o gosto do mal feito, do inacabado.
Era ele, aquele que nunca abandonou a criança incompleta que fora, o bom e velho teddy, aquele que fora seu companheiro em todas as aventuras de menina, de descobridora. Em todas as buscas por respostas aos mistérios inventados, descobertos e redescobertos, centenas e milhares de vezes.
Lembrou então que havia mais, mais pra ser, mais pra se fazer.. do que chorar pelos cantos por alguém, alguém que feriu e magoou aquilo que teddy sempre cuidara tão bem. Lembrou de teddy e de todas os momentos em que ele fora seu melhor e por vezes único amigo, único ouvinte. E por incrível que pareça seus conselhos eram os melhores.
 Descobriu ela então que havia muito mais da vida para ser desvendado, muito ainda para ser explorado.
Ficou sem reação quando por fim percebeu que era disso que gostava, da aventura. Botou teddy dentro da mochila, botou a mochila nas costas e saiu.. sem rumo, sem destino ou parada. Me desculpem os desentendidos, os medrosos e os pobres de espírito... ela foi ser feliz!

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I'll still be thinking of you
And the times we had...baby (don't cry - gnr)
 

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