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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

setembro.



E se todos os meses fossem como setembro? Gélidos e pálidos como setembro.
O céu seria cinza em todos os dias, eles passariam lenta e dolorosamente, se arrastando pela calmaria de uma imensidão tão vazia como pote de doce em casas que tem crianças.
Aquele eco de setembro que, queria eu, fosse possível excluir da memória.
As manhãs frias, aqui na ponta do mapa, as tardes abafadas e as noites... Ah, as noites.
Traidoras sejam elas. Trazem consigo os pesadelos, junto à um setembro pavoroso e calado. Um setembro amargurado e, talvez sem motivo ou talvez com muitos, por opção solitário.
Se todos fossem como setembro eu me encaixaria perfeitamente na brecha entre o solitário e o calado.
Talvez seja só tentar mudar as escolhas para que os outros não sejam como setembro foi. Mas eu não faço tanta questão de que os outros sejam melhores, talvez eu até tenha gostado desse setembro sem graça.

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Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz (ana carolina - confesso)
 

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